Ações baseadas na crença de domínio sobre a natureza nos conduzem, não à destruição do planeta, este está sendo transformado e há de seguir, mas à destruição das condições de nossa própria sobrevivência enquanto espécie. Vivemos por conta daquilo que destruímos, até não mais haver. Sob a bandeira da noção dominante de humanidade a raça humana se alastra.
No “O amanhã não está à venda” Krenak adverte “O que estamos vivendo pode ser a obra de uma mãe amorosa que decidiu fazer o filho calar a boca pelo menos por um instante. Não porque não goste dele, mas por querer lhe ensinar alguma coisa. “Filho, silêncio”.”
E no silêncio recluso de um isolamento forçado, confinados em nós mesmos, várias faces se mostram, já não nos reconhecemos nos reflexos de um modo de vida posto em xeque.
Comprovantes de consumo, sensibilizados pelo Álcool a 70%, adquirem padrões amorfos e estéreis. O rosto pressionado contra o vidro do scanner se deforma em sentidos e expressões. Sobrepostos a “Colônia” se revela.
Neste cenário de múltiplas formas, nuances e texturas, percepções diversas afloram e convidam à reflexão do papel do indivíduo na relação humanidade x natureza.